24 marzo 2006

CHAMAME (seudonovela delirante en portuñol con guaranises). Tercera entrega.

*

Mientras meu conversível volava pelas calles de Paso de los Libres City, com lo estéreo cuspiendo uno chamamé-tecno-hard desordenado, la minina foi entrando em mias roupas, fazendo com la boca uno rumor de serpente, uno incesante bzzzzzzzzz de cobra coral que me facía arrepiar até lo corazão. Todo era uno desastre dentro dese carro endemoniado: a língua da minina-serpente poraité iba tatuando em mia verga uno verano de crímenes e incendios: eu apertava lo acelerador com alma e vida: conducía a lo Chumager, pero com uma única mão: la outra paseava pelas tetas da minininha que movia la cola faziendo uno barulho de serpente cascavel: crrrrrr-crrrrrr, mientras me chupava gostosamente como si quisese se tragar lo meu cérebro. Así fuimos por Av. Madariaga num suspiro, viramos na Pago Largo e em seguida na Colón Street. Nesa esquina perdí lo control da nave. ¡IIISHHHHH! Parecía que fósemos nos virar de patas pra lo aire mas quedamos em dois rodas. La menina poraité se asustó e apertó los dentes. Eu dei uno grito de ¡HELP!, mas enseguida, nu desespero, conseguí estabilizar la máquina pra que ela afrojase los maxilares. ¡FIUFFFFF! Trinta segundos mais e ya havíamos percorrerido Colón Street de ponta a ponta, havíamos virado na Belgrano e logo depois na Cnel. López, que logo de percorrer nos deijou na porta do Hotel Alejandro Iº onde aperté los freios até lo fundo. Então foi que me explodiu uma bomba de semem colorido entre as pernas: azul, bermejo, amarelo, branco, verde, preto: uma bomba de semem sobrenatural desparramada por todo meu conversível: uma verdadeira obra de arte du siglo 22.

Baijamos du carro e entramos nu hotel. Mia minina poraité caminava feliz, como si ouviese acabado de comer uno sorvete cuya metade derreteu em suas mãos, em seu rostro, em sua roupa e iso a deleitase. Parecia Tupâ andando feliz, desnudo pela selva. Subimos a la mia suite du oitavo andar. Pela ventana se vía as luces de uno e outro lado da fronteira dos meus amores. Sobre lo río color de tierra uma ñasaindy iporá facía uno reflejo dorado tão maravilhoso que me deu uno ataque de ternura. Abrazei a la minina poraité e com voz de tortuga enamorada le perguntei lo nome. Ela respondeu com uno beijo de labios carnosos, uno beijo de lengua com uno sabor de eireté he´ê, he´ê como eu nunca havía sentido, uno beijo que durou mil anos em uno minuto e me fizo temblar las macetas de mi ser.

Eu queria quedar a viver naquela boca, mas ela me largou de repente e comenzou a rir como uma louca. Não sei te decir si ela ría de felicidade ou si ría da mia cara de akãraku. Lo cierto é que ela comenzou a percorrer la suite em uno vaivém pracá e pralá, cuase moriendo da risa, até que se deijou cair no colchão de agua e ali comezou a dar voltas e voltas explodindo em carcajadas. Depois se acalmou e comenzou a nadar nu colchão de agua como si fose uma canoa a la deriva nas olas imensas de uno pará guazú. Enseguida comenzou a lamer suas manus e seus brazos. Gemia como uma gata em celos. Se doblaba balanzandose pra cima e pra abaijo como la mulher de goma. Se sacava as roupas despaciosamente mientras naufragava nu colchão: blooogggg, bloooggg.

Eu me pasei tanto tempo repetiendo esa frase que dice “lo momento mais grave da mia vida no ha chegado todavía”, que agora devo reconocer que esa noite, despois do chow espectacular na discoteque El Quijote e da viajem espacial na mia nave conversível com uma minina-serpente poraité, esa noite na mia suite du oitavo andar du Hotel Alejandro Iº, o momento mais grave, pohýi, dificílimo da mia vida finalmente chegou. Porque vosé sabe que eu sou mais sensiblón e enamorado que lo Luis Miguel, mas não sabe que desta vez lo amor foi coisa fiera. Me atacou primeiro lo corazão e enseguida me pegou directo na zabeca. ¡Añareko! ¡mborayhú del diablo!. ¡Tres veces añaretãmeguá!. Esa minina poraité me trabalhou la sangre como se fose uma febre naquele verão esbaforido. Lo amor me atacou lo corpo como uno fogo (tatapÿi: tata: tatarendy) subindo de los pies em uno formigueo. Depois foi uno temblor nas pernas, unos retertores na virija e uno braqui-braqui no corazão. Nu último final, antes que eu tiviese tempo de aspirar mia medicina, los ojos se me viraron pra dentro, se me apagó la visião du mundo e me desabei todito, enteramente demoronado. Opáma mi chiqui-chiqui de repente. Omanó eu, lo rey du tecno-chamamé. Muerto: morto: angué.


Poraité: hermosa
Tupâ: deidad guaraní
Ñasaindy: luz de la luna
Iporá: cosa linda
Eireté: miel de abejas
He´é: dulce
Akãraku: enamorado
Pará: agua grande, mar
Guazú; grande
Pohýi: pesado, grave
Añareko: endemoniado
Mborayhú: amor
Añaretãmeguá: infernal
Tatapÿi: brasa
Tata: fuego
Tatarendy: llama
Opáma: acabar
Omanó: morir
Angué: muerto

1 Comments:

At 6:39 p. m., Anonymous Anónimo said...

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